Em terras Pussos São Pedro é evidente a riqueza do património paisagístico (em que a fauna e a flora se manifestam em espécies múltiplas) e o carácter extraordinário do património geológico, arqueológico, arquitectónico e etnográfico, fortemente marcados pela geomorfologia da região.
Inserida nas Terras de Sicó, identifica-se como espaço em que o verde e as vidas se abraçam a determinar a especificidade cultural do povo que habita este território.
As várzeas bem irrigadas, a contrastar com as formações calcárias que emergem no território, favorecem uma paisagem diversificada em que são evidentes espécies como o pinheiro, o carvalho-cerquinho, a azinheira, o sobreiro, as oliveiras milenares e as orquídeas selvagens.
Os cheiros marcam também o território através da presença de uma grande diversidade de ervas aromáticas como a alfazema, o alecrim, a erva de Santa Maria e o tomilho, entre outras.
A mancha verdejante que cobre estas terras, convida à fixação ou à passagem de várias espécies animais por este território, nomeadamente o tordo, a perdiz vermelha, o coelho, a lebre, o javali, a raposa e uma importante colónia de morcegos-de-peluche, entre outras.
O complexo megalítico do Rego da Murta é constituído por treze monumentos. Deste conjunto de dólmenes e menires, destacam-se as Antas 1 e 2 do Rego da Murta, que têm merecido um estudo mais aprofundado. Típicos dólmenes de corredor, estes sepulcros implantam-se numa zona associada aos maciços calcários, junto da ribeira do Rego da Murta. Em redor da Anta 2, encontraram-se cinco pequenos menires dispostos em círculo, criando um cenário único, repleto de simbolismo e religiosidade.
Estes dólmenes foram edificados no final do Neolítico, entre 3.360 e 2.990 a.C, e trouxeram a esta região uma nova forma de abordar os rituais da morte, até então realizados no interior de grutas, como as que se encontram junto do rio Nabão, um pouco mais a sul. Desde então, terão coexistido os enterramentos em gruta e em dólmenes.
A arquitectura local dá conta da história e vivências concelhias através dos inúmeros exemplos de arquitectura popular, dos solares e das quintas senhoriais que por aqui se encontram espraiados.
As alminhas, os pelourinhos, os cruzeiros, as capelas e as várias igrejas, por sua vez, dão forma aos espaços em que desde tempos ancestrais se fazem circular lendas e tradições que são reflexo do espírito religioso deste povo.
LOCAIS A VISITAR
• Igreja de Pussos
• Igreja de São Pedro
• Capela do Ramalhal
• Capela das Relvas
• Capela da Loureira
• Capela do Carvalhal de Pussos
• Antas do Ramalhal
• Cruzeiro na Venda dos Olivais
• Quinta da Cortiça
• Quinta dos Casalinhos
• Quinta de Santa Rosa
• Monumento aos Caçadores
• Caminho de Santiago
EVENTOS ANUAIS
• Festa de Santo Estêvão em Pussos no primeiro fim de semana de Agosto
• Festa de São Pedro em São Pedro no último fim de semana de Julho
• Feira anual de Cabaços no dia 1 de Janeiro
• Feira semanal às segundas -feiras em Cabaços
• São João em Cabaços
• São Pedro em São Pedro
• Desfile de Carnaval em Cabaços
• Dia da Freguesia (ainda a definir)